segunda-feira, 25 de setembro de 2006

O anti-posse de bola


Ludovic Giuly. 30 anos. Francês. É o jogador com menos posse de bola do futebol moderno. Giuly existe no Barcelona. Veste as cores “blaugrana” de quando em vez. Rápido, veloz, ligeiro e célere são quatro adjectivos que caracterizam o jogo do gaulês.

Giuly, para além de figurar na lista dos jogadores que marcam os golos mais feios, tem o poder de nunca ter a bola nos pés. Ludovic apenas corre. Costuma estar sozinho num flanco, preferencialmente no direito. Não tem amigos. Não por ser má pessoa, mas porque não aparece. A mulher de Deco é muito amiga da mulher de Giuly, mas Deco nem sequer sabe que aquela mulher que corta fiambre muito grosso quando vai lá a casa e faz “scones” é mulher do colega Giuly. Giuly não fala, é tímido.

Não existem registos de Giuly ter dado mais do que três toques numa bola:

Um toque, no golo que marcou ao Osasuna. Reparem que a própria bola não tem vontade de entrar.

Um toque, neste golo (dos raros) de belo efeito.

Giuly mandou três bolas ao ferro neste jogo contra o Alavés. Sempre, no máximo, com dois toques.

No duelo catalão. Um toque.

Um momento de excepção. Mas reparem como o golo não é perfeito. Sim. Há um ressalto.

Para finalizar. Um sprint de 35 metros contra o Valência. Três toques.

BM

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