sexta-feira, 28 de dezembro de 2007


Nem sei por onde começar. Talvez por aqui: eis o linque para uma entrevista com Manuel Machado, no jornal desportivo "Record". Acho que os fãs desta rubrica deviam lê-la. Eu vou tentar reunir os três melhores momentos "Manuel Machado". Susceptíveis de serem cambiados:

- "Na UEFA empatámos dois jogos e ganhámos um, o que redundou na materialização do objectivo proposto; na Taça de Portugal vencemos e continuamos em prova; e na Liga penso que poderíamos ter feito um pouco melhor em matéria de pontos"

- "O Sp. Braga tem um passado de três/quatro anos que indicia o que está subjacente à questão"

- "Julgo que há um entendimento genérico da minha forma de estar e quando a estrutura é vertical e as pessoas entendem que todos têm os mesmos direitos mas com competências diferenciadas, só podemos estar no bom caminho"

Não resisto. Manuel Machado é um mister que usa o termo "vectores". Reparai:
- "Na conjugação desses vectores vai conseguir, por inerência, mais pontos, bons resultados desportivos e melhores classificações"

BM

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Ciclos infernais

Ora bem. Em Portugal lê-se com alguma frequência, na imprensa desportiva, o termo "Ciclo Infernal". O que se passa é que existe uma diferença formal no conceito do termo em Portugal e nos restantes países do mundo.

Vejamos.

Um "Ciclo Infernal" acontece, habitualmente, quando F.C Porto, Benfica ou Sporting têm cinco jogos no espaço de 20 dias. Habitualmente envolve uma deslocação a Braga, uma recepção de um adversário directo na Champions (Celtic, Roma ou Marselha, a título de exemplo), uma recepção ao Estrela da Amadora, uma deslocação para a liga milionária (em princípio a casa do líder do grupo), e termina com uma deslocação a Leiria. Ciclo Infernal em Portugal.

Em Inglaterra, por exemplo, os Ciclos Infernais são um pouco mais agressivos. Está hoje a decorrer o chamado "boxing day". Para já, em Inglaterra, joga-se no Natal. Depois existem cinco jogos para fazer em dez dias. O Manchester United e Arsenal jogaram hoje e acho que amanhã também já jogam. Há que despachar campeonato porque vem aí um Europeu. Ah, é verdade, para os ingleses não.

No fundo, este post serve apenas para pedir um pouco de contenção verbal à imprensa desportiva portuguesa. Receber o Estrela da Amadora e ir a Leiria (sempre com 1000 pessoas no estádio municipal) não podem ser jogos inseridos num contexto de ciclo infernal. Mais modéstia, por favor.

AD e BM

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Estatística de Natal

Chegada a altura das festas em família, os jogadores sul-americanos a trabalhar em Portugal partem sempre para os seus países. Até aqui tudo bem.

O que já se sabe é que nunca têm problemas em chegar aos países de origem. As ligações a Caracas, a São Paulo, ao Rio de Janeiro, ao Serjipe, a Buenos Aires ou a La Paz são sempre feitas à primeira. Vai-se até a Madrid e dali partam para casa.

Problemático é sempre o regresso. 30 por cento destes jogadores têm sempre problemas nas ligações aéras para Portugal.

No Sporting já se calcula que, por exemplo, Gladstone não começa a treinar dia 30.

No Benfica, cheira-me que Cardozo vai ficar preso no trânsito de Juan Eulogio Estigarribia que lhe vai fazer chegar tarde ao Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção.

No Porto Lizandro Lopez já deve estar, nesta altura, a apanhar o avião para regressar ao Porto. Porém, o lateral-esquerdo Lino vai perder o último avião que sai de São Paulo em direcção a Lisboa durante a semana de reinício do campeonato. Lino vai ser, portanto, baixa para o próximo jogo dos dragões.

BM

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Resistência dos jogadores

Na liga portuguesa, o índice de cãimbras por jogo é dos mais altos do mundo. Sobretudo enquanto a equipa que está na frente do marcador assim permanece.

Leva-nos a uma conclusão: a condição física dos atletas, em Portugal, depende muito do "scoreboard".

BM

O verbo resolver e o Sporting

É sabido que Liedson, ponta-de-lança do Sporting, é conhecido por resolver jogos com os seus infindáveis dotes goleadores. Aliás, é bem conhecida a tarja pertencente a uma das claques leoninas, com a inscrição "Liedson Resolve".

Sim senhor, até aqui não há problema.

O problema surge quando o Sporting vence os seus jogos pela margem mínima ou um jogador seu bisa (que não Liedson).

Aquando destas situações, o verbo "resolver" entra, invariavelmente, nas manchetes dos jornais. Atente-se à ultima vitória dos leões na Madeira: "Vukcevic resolve".

Moutinho bate a grande penalidade do Sporting, contribuindo para uma vitória tangencial por 2-1: "Moutinho (resolve) aponta castigo máximo". Por vezes o verbo resolver aparece dentro de parentesis. Não se percebe bem porque.

Jogos houve em que Ricardo, antigo guarda-redes do clube de Alvalade e agora no Bétis de Sevilha, efectuava um punhado de formidáveis paradas, ajudando a garantir uma vitória. Os noticiários abriam da seguinte forma: "Ricardo resolveu". Aqui utilizava-se a terceira pessoa do Pretérito Perfeito.

Quando Yannick Djaló bisou frente ao Benfica, no Torneio do Guadinana, tendo Liedson ficado em branco, logo surgiram títulos com a frase: "Sem Liedson, Yannick resolve".

P.S. Atenção, com este raciocínio, não pretendo, em nenhum momento, ser a partir de hoje Persona non grata em Alvalade.

AD

sábado, 15 de dezembro de 2007

Antes de mais, há que esclarecer uma coisa. Todos os posts que forem colocados neste site nos próximos tempos com o título "Momento Manuel Machado" nada têm a ver com o sketch que o Gato Fedorento fez na rubrica "Tesourinhos Deprimentes" do "Diz Que É Uma Espécie De Magazine" da última semana.

O "Estatísticas da Bola" tem o maior respeito pelo quarteto de humoristas e recusa-se sequer a imaginar que tenha havido alguma dose de inspiração para o dito sketch neste site. Até porque o primeiro "Momento Manuel Machado" data de Agosto deste ano. Entretanto já houve mais alguns e até houve luto pelo período em que o homem das "cantigas de amor, escárnio e maldizer" do futebol português esteve afastado dos bancos de suplentes. E mesmo antes disso, a temática do treinador-lírico já tinha sido abordada neste espaço a 19 de Novembro de 2006.

Assim sendo, todas as acusações do género "Ah, estão a imitar os Gato Fedorento" vão ser consideradas estúpidas. E parvas, também. Portanto: estúpidas e parvas.

Sem mais delongas:



"A mais-valia técnica acabou por se impor. O Sp. Braga criou alguns lances passíveis de golos e concretizamos dois deles. Demos sequência ao que temos vindo a fazer e temos de ter confiança nas nossas capacidades para passar o Estrela Vermelha. É esse o pensamento que está no nosso horizonte. Estamos numa época especial. Os jogadores e os quadros directivos terão todo o prazer em oferecer essa vitória aos adeptos."

BM

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Liga Espanhola

Cheguei à conclusão, que a liga espanhola é a que mais vezes tem problemas técnicos, é sempre nas transmissões desta liga que a Sporttv tem de colocar o aviso: "Estamos a transmitir...".
Logo de seguida vemos em rodapé a seguinte mensagem:"Pedimos desculpa pelas anomalias, facto a que a Sporttv é completamente alheia", o que me leva a outra estatistica, a Sporttv é sempre alheia a tudo, nunca tem responsabilidade.

NM

domingo, 2 de dezembro de 2007

Fim de carreira


Raul Gonzaléz, avançado do Real Madrid, é o jogador que mais cedo entrou na fase descendente da carreira. O também capitão dos merengues fez em Junho 30 anos. Mas já não anda no melhor das suas capacidades há dois ou três.

Estreou-se em 1994. O primeiro golo oficial foi contra o Atlético de Madrid.


São 15 anos deste gajo a muito alto nível.

BM

O que a ciência permite

O futebol continua carregado de relações familiares. E, mais curioso ainda, o futebol continua a permitir que dois homens tenham filhos. O Estatísticas da Bola teve acesso à certidão de nascimento do jovem defesa-esquerdo do Real Madrid, Marcelo.


Lá está escrito que Marcelo é filho de Robinho, curiosamente colega de equipa.


O outro pai é Adriano. Diz-se que foi durante um estágio da canarinha.

BM

sábado, 1 de dezembro de 2007

Direcção de Marketing e Publicidade da empresa Nike: um problema a resolver

As lojas de desporto de todo o país têm no seu interior um cartaz publicitário da empresa Nike às suas botas de futebol que deixa muito a desejar. Sobretudo pela credibilidade. Diz a empresa que o calçado que produz adapta-se ao estilo de jogo de cada um. E recorre a jogadores de futebol para o provar. O ESTATÍSTICAS DA BOLA fotografou o cartaz e dividiu-o em quatro zonas de análise:


Ronaldinho é o primeiro a surgir. Botas bórdô, para quem tem magia nos pés. OK.


O número 7 do Manchester United, Cristiano Ronaldo, surge logo a seguir. Bota branca "speed mercurial", para garantir mais "leveza". Siga.


Luís Figo aparece no fim do cartaz. O sete do Inter de Milão apresenta umas botas "Total 90". Poder, ao que parece.


O meu protesto vai para a terceira pessoa a aparecer neste cartaz. Entre Ronaldinho, Cristiano Ronaldo e Luís Figo aparece Pedro Pauleta, com umas botas "Touch Tiempo". Toque. Toque? O que se passou? Pessoal da Nike que até tem anúncios jeitosos, como aquele da selecção brasileira no aeroporto, ou do jogo de futebol entre Portugal e Brasil "Olé". Recorrem ao avançado do PSG para promoverem umas botas cuja palavra chave é "Toque"? Não me lembro de ver Pauleta a receber uma bola de costas para a baliza em condições.

BM