domingo, 28 de setembro de 2008

Olha quem é ele



Pois é... fui obrigado a recuperar a rubrica lançada nos primeiros dias de vida deste blog pelo meu amigo BM que analisa o discurso de Manuel Machado, treinador português que utiliza termos vocabulares que mais ninguém consegue descortinar.

Líder nas primeiras três jornadas da Liga, o técnico do Nacional foi surpreendido pelo Estrela da Amadora de Lito Vidigal na Choupana, perdendo por 1-2. A primeira frase é de alto calibre.

"O que faltou à minha equipa neste jogo foi a finalização fundamental"

Em futebol, há quem chame a isto "golo"...

HN

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Real Betis Balompé, também conhecido por Betis Sevilha


As más épocas que o Betis tem feito nos últimos anos, ao contrário do arqui-rival Sevilha, têm uma explicação, e até é simples: os dirigentes e treinadores do Betis não gostam de jogadores estrangeiros. Ou, pelo menos, não gostam da maioria deles. No último jogo, frente precisamente ao rival de sempre, o Sevilha, a formação andaluza até apresentou um ou outro estrangeiro como Nélson, que é português, mas na realidade nasceu em Cabo Verde, ou Mehmet Aurélio, turco, que na realidade nasceu no Brasil. Ou seja, parece que para jogar pelo menos não pode ser 100 por cento de uma nacionalidade… mas isso são contas de outro rosário.

Seja como for, de fora do jogo que faz parar Sevilha ficaram os internacionais: Ricardo, guarda-redes português, o croata Marko Babic, o sérvio Branco Ilic, os argentinos Monzón e Pavón, o chileno Mark González, o alemão Odonkor ou brasileiro Edu. Ah, saliente-se que o brasileiro Rafael Sóbis, aquele que fez miséria nos Jogos Olímpicos de Pequim, teve de sair para jogar com mais regularidade…

Ainda neste sentido e espreitando a história podemos recordar o brasileiro Denilson, que na altura custou milhões e milhões - uma espécie de recorde de então -, mas que nunca se impôs. Em contrapartida, o Bétis apresentou atletas de craveira como Casto, Arzu, Vega ou Rivera, provavelmente da cantera. Depois queixam-se que lutam pela manutenção até à última jornada.

Estrangeiros que deixam saudade ao Betis só me recordo do central Trifon Ivanov, um búlgaro da época de Stoichkov, Penev, Balakov, Letchkov ou Kostadinov, e que olha para os adversários não como homens mas sim como enormes canelas onde bater!

LC

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Os treinos no Olival

Há coisas que não deixam de ser estranhas. No Centro de Estágios do Olival, onde treina diariamente o plantel do FC Porto, acontecem sempre duas coisas a três jogadores dos azuis e brancos. A saber:

- Stepanov e Guarin estão sempre ausentes por razões pessoais.
- Rabiola está sempre a fazer treino condicionado.

AD

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Ambições desmesuradas ou franca falta de "scouting"?

Cada início de época na Premier League é uma alegria para clubes como Aston Villa, Tottenham, Everton ou Newcastle United. Equipas deste calibre pensam sempre que vão poder rivalizar com os tubarões ingleses. Enganam-se. Mas sim, são competitivas — não é isso que está em causa.

Mas, por muitos milhões que sejam injectados, qual é o problema de clubes como Aston Villa, Tottenham (o clube que Hélder Postiga gostava de acompanhar na televisão em pequenino) ou Newcastle United? Por muito que os avançados sejam tecnicistas e possantes, que os médios criativos sejam tecnicistas e velozes, possuem sempre um mau central, dois maus laterais e um trinco muito pouco eficaz. Além do mais, enchem as equipas de escoceses, galeses, irlandeses e maus ingleses.

Vejamos casos práticos:

Tottenham
Laterais: Alan Hutton (Escocês), Chris Gunter (Galês)
Central: Jonathan Woodgate
Trinco: Tom Huddlestone

Aston Villa
Laterais: Stephen O'Halloran (irlandês), Luke Young
Central: Carlos Cuellar (já aqui falado)
Trinco: Garreth Berry (aconselhamos a visualização da imagem deste fulano)
(Confessamos que houve alguma dificuldade nas escolhas do Aston Villa. Eram todos muito desagradáveis...)

Newcastle
Laterais: David Edgar, Ben Tozer
Central: Steven Taylor
Trinco: Danny Guthrie
NOTA: Nos Magpies temos ainda, por exemplo, Shay Given e Damien Duff (ambos irlandeses). Lembramos ainda o galês Gary Speed, que esteve vários anos em Newcastle e que colou o português Hugo Viana no banco de suplentes. O lateral direito Stephen Carr, que deixou este ano St. James Park, tem o seguinte percurso futebolístico: 1993–2004 Tottenham Hotspur; 2004–2008 Newcastle United.

O Everton também tem uma longa tradição de internacionais escoceses. Veja-se o avançado McFadden, hoje a arrastar-se no Birmingham City da segunda divisão. Ou o veterano central Alan Stubbs, que representou o Everton entre 2001 2005 e de 2006 a 2008 e que está hoje no Derby County – uma equipa que desceu a época passada de divisão, depois de ter contratado vários escoceses entre eles a estrela do futebol escocês David Miller. E o expoente máximo: Duncan Ferguson, hoje retirado, mas que pontificou na frente do ataque da segunda equipa da cidade dos Beatles até aos 35 anos. O irlandês Kevin Kilbane foi dos toffees entre 2003 e 2006.

Atenção que podíamos ter partido para outras equipas. Como Fulham, Bolton ou Portsmouth. Mas, francamente, não nos apeteceu. Por enquanto...

BM e LC com AD

domingo, 21 de setembro de 2008

David Luiz

Estive a dar uma vista de olhos no vasto arquivo do Estatísticas da Bola e parei num post de 11 de Setembro de 2007. Nessa altura, eu próprio e o meu colega AD escrevemos um texto que analisava profundamente os departamentos médicos dos três grandes clubes em Portugal.

A determinada altura, escrevemos sobre David Luiz. O central encarnado que tinha um dedo do pé partido. Quando li aquilo, lembrei-me que David Luiz ainda está lesionado. Não sei se desse dedo partido ou se a lesão alastrou a outra parte do corpo. David Luiz ainda está lesionado.

BM

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Jens Lehmann


Sempre achei Jens Lehmann um pouco desiquilibrado a todos os níveis. Digo a todos os níveis para que o leitor não fique com dúvidas sobre qual o nível em que Lehmann é desiquilibrado. Portanto, a todos os níveis.

Mas quase no final de carreira, e quando pensava eu que nunca mais iria ouvir falar sobre o guarda redes alemão, eis que surge esta notícia:

"Jens Lehmann vai de helicóptero para os treinos do Estugarda. Cada viagem fica a cerca de 1000 euros".

Copiem o link em baixo para o vosso browser, de forma a ficarem a par da barbaridade do alemão.

http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=148943

AD

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Sem título, sequer


Marcelo Zalayeta há-de ser sempre suplente do clube onde joga.

BM e LC

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Umas obras no Bonfim, por favor!


Estava muito entusiasmado com a presença do Vitória de Setúbal nas provas da UEFA. Assumo que estava. Mantiveram a estrutura (algo raro em Portugal), apesar da saída de Carlos Carvalhal, reforçaram-se com jogadores nucleares e contrataram um treinador interessante.

Até aqui tudo bem.

No entanto, fico desiludido quando leio estas duas coisas:

"Vitória garante forte apoio para jogo contra os holandeses. Irão estar 1500 adeptos de Setúbal".

Como sei que o Bonfim tem capacidades para cerca de 10 mil pessoas fico pasmado. Mas continuo a ler e encontro o local de realização da partida.

"O encontro irá disputar-se em Alvalade".

Coloco agora a seguinte questão:

Será que não é possível melhorar um pouco o estádio do Bonfim? Apenas um pouco, para que possa receber o Heerenveen. Umas obras aqui e ali? Uns andaimes? Umas escavações e um engenheiro civil? Não? Uma empresa de construção civil, sei lá...vá lá!

AD

Flash...

Cada vez que se aproxima uma jornada europeia, Portugal tem sempre o lugar em que está no ranking em risco.

BM

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Não é bem um "Momento: Eu Digo Cócó", mas...

Optámos por não chamar a este pedaço de texto "Momento: Eu Digo Cócó" por dois motivos:
1 - Porque já há dois atrás (e mais um tornar-se-ia enfadonho)
2 - Porque é uma frase já dita há algum tempo.

Contemos então a história.
Roberto Carlos, aquele famoso defesa-esquerdo brasileiro com um pontapé que parece uma catapulta (Inter, Real Madrid e agora Fenerbahçe) jogou, faz uns anos valentes, com o ex-lateral direito português Secretário no Real Madrid.

Parece que os dois eram muito amigos. Até aqui tudo bem.

O jornal "MaisFutebol" recuperou hoje uma frase de Roberto Carlos desse período. Frase a essa para a qual eu peço a vossa maior atenção. Podem encontrá-la neste texto. Sem citar, a notícia diz o seguinte: "Roberto Carlos chegou a dizer na altura que Secretário era, ao lado de Cafú, o melhor lateral-direito com quem jogara."

Cafú e Carlos Secretário. Estão gravados na memória de Roberto Carlos.
Carlos Secretário, que jogou época e meia no Real Madrid e que tem 13 jogos completados pelos "merengues".

Só para actualizar, Secretário terminou a carreira no Maia, onde ainda fez 24 partidas. Cafú (acho eu) ainda não terminou a carreira. Está no AC Milan.

Não vale a pena dizer mais nada, pois não?

BM

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Momento: "Eu digo cócó"


Não sei porquê, mas as pessoas ligadas ao futebol gostam muito de emitir opiniões ridiculas em Setembro.

Agora foi o antigo jogador e treinador do Barcelona, Johan Cruiff, ao comentar o empate a uma bola do Barcelona frente ao Santander, em pleno Camp Nou. Ora vejamos:

"Foi uma das melhores exibições do Barcelona nos últimos anos. Grande futebol, intensidade, tudo. Tiveram tudo!"

AD

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Momento: "Eu digo cócó"

O Tottenham, clube da cidade de Londres, adquiriu, em Agosto, o passe do internacional russo Pavlyuchenko, um dos destaques do Euro 2008.

Como Rebrov, internacional ucraniano, é mais ou menos das mesmas paragens geográficas questionaram-lhe sobre como iria decorrer a adaptação de Pavlyuchenko à capital e ao futebol inglês. Afinal, Rebrov jogou alguns anos nos Spurs e a resposta teria de ser tida muito em conta. Pois bem.

Resposta de Rebrov:

"No lugar dele nunca iria dar um passeio sozinho junto a White Hart Lane. Muitos negros vivem nessa zona."

Como é habitual, quando o "Momento: Eu digo cócó" atinge proporções meteóricas, o EB não publica a fotografia do sujeito que proporcionou esse mesmo momento.

AD

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Dúvida

Por que razão o campeonato português pára durante o fim-de-semana de 13 e 14 de Setembro?

AD

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Único treinador do Mundo sem fãs




Todos os amantes do futebol se identificam com os métodos de trabalho deste ou daquele treinador. Nomes como Mourinho, Rafa Benítez, Alex Ferguson, Arséne Wenger, Schuster, Houllier, Ancelotti ou Quique Flores têm os seus adeptos específicos, tendo em conta as suas caraterísticas pessoais na gestão de uma equipa de futebol.

Num âmbito mais reduzido, até Jorge Jesus, Daúto Faquirá, Manuel Cajuda, ou Paulo Bento têm os seus próprios apoiantes, os quais gostariam de os ver um dia no seu clube do coração. Mas no panorama europeu há um treinador de quem ninguém gosta. Incrivelmente já treinou clubes como Nápoles, Fiorentina, Valencia, At. Madrid, Chelsea, Parma e Juventus, sendo esta a sua equipa actual...

A verdade é esta: ninguém gosta de Claudio Ranieri. Até os adeptos da Juventus sabem que enquanto o italiano treinar o clube de Turim, NADA vão festejar. Se calhar porque nunca conseguiu NADA nos clubes por onde passou. Mas tem, quase sempre, grandes equipas. E ainda mais incrível é quando ouço Ranieri mandar bocas a Mourinho, avisando-o (!) de que não vai conseguir nada em Itália. Por favor Ranieri, ganha pelo menos um torneio de pré-época...

BV

Fórum de Treinadores de Elite da UEFA

O mês de Setembro causa-me sempre uma irritação crónica.

Sou sincero. Não estou cá com meias medidas. O Fórum de Treinadores de Elite da UEFA é uma bela estupidez.

Juntam-se alguns treinadores, fato e gravata, fecham a porta de uma sala e ficam juntos durante dois dias. Muito bem! Parabéns! E agora? O que é que aconteceu?

No final do encontro, com dezenas de fotógrafos e jornalistas à espera, esboçam um sorriso e dizem: "Foi muito bom!

Wenger diz sempre "que foi importante para dar mais importância ao jogador nacional".

Ranieri não tem nada a dizer. Scolari também não. Paulo Bento não fala inglês. Jesualdo avisa, desde já, que contra equipas fortes tira um extremo/avançado e coloca um trinco. Vi lá um treinador de bigode (acho que é o Gazzaev, mas sobre esse não falo). Gerets apresentou-se de polo. Para Strachan, o melhor canhoto que já viu jogar foi Nakamura. Laurent Blanc ainda tem corpo de jogador de futebol.

Enfim, poupem-me se faz favor!

P.S. Podem ver a fotografia em grupo na secção Galeria Multimédia no site de informação desportiva Maisfutebol.

AD

Problemas de fonética argelina




Este é o reforço do Benfica para 2008/09 que tem provocado mais problemas vocabulares aos adeptos do clube. Jogava no Le Mans, da França, e desde que chegou já foi inúmeras vezes baptizado: Ebda, Ebra, Evra (como o lateral-esquerdo do Manchester United), Yeva, Yeptá e até já cheguei a ouvir Tebtá!

Para os interessados, este médio franco-argelino chama-se Hassan YEBDA. É que daqui a pouco, com tantos nomes inventados, já ninguém sabe como é que ele se chama...

BV

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Uma primeira análise à epoca 2008/09

Deixei que os principais campeonatos iniciassem para poder fazer uma análise mais segura do actual panorama do futebol europeu.

Cheguei à conclusão que pouco ou nada mudou. Tive o cuidado de visionar jogos dos campeonatos francês, alemão, espanhol, português, italiano e inglês, para que este estudo não fosse acusado de falta de informação ou de possuir uma estrutura mentirosa.

Pretendo, com este material agora disponibilizado, que todos, desde os mais novos aos reformados, possam perceber as linhas de orientação dos principais campeonatos do Velho Continente.

O Estatísticas da Bola (EB) fornece este documento para que possa ser utilizado como uma ferramenta de argumentação nos mais variados pólos de discussão nacional e internacional.

Esperamos ainda que este texto possa ser utilizado por alguns professores universitários das mais credibilizadas escolas e institutos superiores por essa Europa fora.

Assim sendo, aqui vão as primeiras conclusões:

- Em Inglaterra os árbitros continuam a ser atacados pela calvice. Nos estádios há sempre mais sol do que em Portugal;

- No futebol italiano nota-se um esforço em manter, na Série A, todos os estádios que tenham bancadas a dois quilómetros do relvado. Vê-se melhor. Os plantéis possuem sempre um avançado rápido e rigoroso na marcação. Os laterais sobem muito, mas não possuem muita técnica. Cruzam sempre bem;

- Em Portugal há pouco público. Muitos avançados e defesas centrais brasileiros. A grande aquisição do futebol luso para 2008/09 é o estádio do Trofense. A curiosidade da época passa por perceber qual a estrutura da Taça da Liga. Nunca ninguém sabe;

- No Championnat já não há Pauleta (até ver). As transmissões televisivas continuam boas. Os jogadores de ascendência africana dominam. Excluindo o Lyon, ninguém sabe que equipa é forte. Ainda assim, o EB pode adiantar, de fonte segura, que o Monaco continuará a ter uma equipa pobre a todos os níveis;

- No país vizinho nada de novo. Alguns jogos à tarde e outros à noite. Um pouco como Portugal, mas com mais organização e método. As partidas realizadas em horário nocturno carecem sempre de boa iluminação. A bola dos jogos em Espanha é sempre muito boa;

- A Busdesliga continua, também, igual a si própria. Muito público, bons estádios e melhor condições climatéricas que o resto da Europa (apenas durante os 90 minutos das partidas). Em cada plantel podemos contabilizar 12 alemães, 2 turcos, 1 brasileiro contratado ao Cruzeiro de Belo Horizonte ou ao Grêmio de Porto Alegre, 1 africano (ganês de preferência), 2 checos, 1 polaco, 1 eslovaco, 1 internacional grego que esteve presente no Euro 2004 e, por vezes, um sérvio muito alto.

AD