sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Dissertação

Na escola, em tempos idos, havia a "Dissertação". Era a terceira parte dos testes de Português A. Era giro. Escrevíamos o que queriamos, regra geral muito, e, no final, tínhamos 12/13 valores. Quando redigiamos uma palavra pouco habitual da gramática portuguesa obtiamos um 14. Nada mau.

Mas agora já não é assim. A "Dissertação" no Estatísticas da Bola passa por uma análise profunda, crítica e imparcial da realidade futebolística. Sem mais demoras, comecemos.

Chegados a Dezembro, muito coisa aconteceu no futebol mundial. Começando no nosso país, passando por Itália, um saltinho ao Brasil e acabando em algumas cusquices do futebol peruano. O que interessa, verdadeiramente, é que há análises a efectuar.

Em Portugal há novidades. A começar no topo da tabela onde o Benfica se encontra. Ainda relativamente ao clube da Luz, de realçar o facto de jogar sempre à 2ªfeira.

Em Espanha, o Valência nunca ganha, mas está bem classificado. Quanto à Península Ibérica assunto arrumado.

No país de Napoleão Bonaparte, a velha máxima: o Lyon perde e empata muitos jogos, mas encontra-se com três ou mais pontos à maior que o segundo classificado da Ligue1.

Chamem-me parvo. Insultem-me. Sim, não há problema. Mas na minha opinião, o Inter de Milão já jogou três vezes em San Siro contra o Catania. Sobre Itália nem mais uma palavra.

Em Inglaterra há uma nova vaga de treinadores a despontar. Não são os metódicos, não são os românticos, nem tão pouco os da escola holandesa. É a vaga dos ex-jogadores do Manchester United dos anos 90. Confiram.

Nos Países Baixos já não mora Huntelaar. O que me leva a dizer que nos próximos tempos não irei espreitar os resumos da Eurosport. Há muitos golos, é verdade, mas é difícil aturarmos um conjunto de equipas formadas por iniciais (NEC, PSV, AZ, NAC, RKC) a jogar à bola. Quanto à Bélgica e ao Luxemburgo nem uma frase.

Na Rússia aconteceu o insólito. O Rubin Kazan sagrou-se campeão deste país, mas não colocou, de acordo com a imprensa russa, nenhum jogador no onze ideal. Fiquei magoado com os jornalistas desportivos russos.

Sobre a Bulgária não sei muito bem o que dizer, mas ao lado, na Roménia, é comum maltratar-se profissionais portugueses. Primeiro Carlos, antigo guarda redes do Boavista, no Steaua, depois Peseiro, no Rapid e agora Semedo (antigo avançado do E.Amadora) novamente no Steaua. São maltratados. Não sei bem porquê, mas são.

Recuando alguns quilómetros no mapa do Velho Continente, chegamos à Alemanha. Digo, sem rodeios, que a Bundesliga é a liga europeia que mais me fascina. Por tudo e mais alguma coisa. Ali, o Bayern e o Hoffenheim lideram. Ali, os brasileiros espalham classe. Ali, os jogadores do leste europeu solidificam os plantéis. Ali, as transmissões televisivas desiquilibram tanto como os extremos portugueses. Ali, utiliza-se cachecol para ir ao futebol. Ali, vai-se ao estádio ao Sábado e não ao Domingo.

Chega de Europa. No Japão decorre o Mundial de Clubes da Fifa, mas ninguém sabe. Consta que Blatter sussurou aos seus mais chegados colaboradores a seguinte afirmação:

"Psssttt, há Mundial de Clubes este ano, é no Japão, mas não digam a ninguém. Logo se vê se colocamos isto no site".

Como falei do Peru no início desta dissertação, gostaria de abordar um pouco dessa liga, mas, na verdade, não é fácil. A última informação de que disponho, tem a ver com o grande esforço das autoridades locais em desenvolver os centros de treino. Penso que isto já fica bem.

No Brasil está tudo muito bem. O São Paulo venceu mais um campeonato, e começa a direccionar-se para o modelo gaulês do Lyon. O Bayern também poderia fazer o mesmo na Alemanha, mas Rummenigge não quer. Ainda bem, porque adoro a Bundesliga.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Espectacular este estudo. Muitas horas de pesquisa. Bravo!