domingo, 19 de novembro de 2006

Um olhar para o futuro. Daqui a uma semana, portanto

Domingo, 26 de Novembro de 2006, 19h15. No estádio do Restelo cai uma humidade, própria no fim do mês de Novembro. Lá ao fundo já se vê a zona ribeirinha iluminada. O Cristo Rei olha para a equipa de Belém que entra em campo desfalcada. Zé Pedro, o pé-canhão, está lesionado. Roeu mal a unhinha do dedinho médiozinho da mão esquerdinha e deitou um bocadinho de sanguinho. Mas Manoel está motivado. Silas pode desequilibrar. A equipa vem motivada, depois de um empate a zero no terreno do sempre difícil E. Amadora.

O F.C. Porto apresenta-se em campo com o seu equipamento alternativo. Em tons laranja. Está toda a gente apta, menos Bruno Alves que joga mal e é feio. Contudo é titular indiscutível.

O Restelo tem pouco mais de quatro mil pessoas na bancada, o que representa um recorde absoluto. O relvado está em excelentes condições, como é apanágio de Belém. Deve ser da muita água que escorre lá de cima, da zona das Torres do Restelo, em direcção ao rio. Os jogadores do F.C. Porto levam a uma zona do estádio uma coroa de flores em homenagem a Pepe, antigo jogador dos azuis do Restelo.

O jogo começa bem para o Belenenses. Ruben Amorim desfaz Marek Chech e cruza para Manoel, que remata para canto. Os primeiros sete minutos são de muita intensidade do Belenenses junto da segunda linha defensiva do F.C. Porto.

Aos 20 minutos, Ricardo Quaresma recebe a bola na direita. Sousa mete um pouco de relva na boca e olha para o número sete que cruza para o pé canhoto de Hélder Postiga. Roda sobre Rolando e remata com força aos placares publicitários. Três minutos depois é Raul Meireles que remata por cima. Ligeiramente.

Silas leva duas entradas na cara de Raul Meireles que se levanta devagar e afasta-se. Sem, contudo ver cartão amarelo. No livre, Romeu cabeceia para as mãos de Helton.

Intervalo. As duas equipas vão empatadas a zero para o balneário. Alan e Ibson apresentam, durante o aquecimento, um cabelo novo. No regresso das cabines, 50 minutos, cruzamento de Ricardo Quaresma da esquerda, após abertura de Lucho Gonzaléz. Postiga cabeceia e faz o 1-0.

Jorge Jesus quer mexer, mas não sabe bem onde. Então mexe no cabelo.

Minuto 63, Ricardo Quaresma tira Amaral do caminho, na esquerda, remata colocado. 2-0. Vai abraçar Vítor Baía.

Jorge Jesus tira Cândido Costa e mete Djurdevic, para tentar espalhar perfume dos balcãs junto a Raul Meireles. Ah, o trinco do F.C. Porto entra duro sobre Roma, provocando-lhe uma trombose. Raul Meireles levanta-se devagar e afasta-se. Sem, contudo ver cartão amarelo.

Aos 86, é a vez de Lizandro. Abertura de Gonzaléz na esquerda para Quaresma que, com uma finta de calcanhar põe relva nos olhos de Vasco Faísca. Cruza para o centro da área, a bola bate em Rolando e vai embater com muita força no pé de Lizandro. 3-0. Jesualdo fuma. Rui Barros sorri para toda a gente. Está feito.

Ah. Não faço ideia de como vai ficar o outro jogo de Lisboa. Mas este é fácil. Se não for assim, vou pedir desculpa a eventuais ofendidos.

BM

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