terça-feira, 14 de novembro de 2006

As danças de treinadores

O assunto desta análise são os treinadores dos clubes portugueses. Começam a trabalhar numa equipa, perdem um jogo, empatam o segundo, ganham o terceiro, empatam o quarto e despedem-se ou são demitidos. É esta a vida de um treinador de futebol em Portugal.

Carlos Carvalhal, que é sempre o possível sucessor de Mourinho, deixou o Sp. Braga, uma equipa cada vez mais importante no panorama nacional, por motivos pessoais. Falta de tempo para estar com a família, portanto. No dia seguinte, à tarde, ja tinha tudo acertado com o Beira-Mar. É sempre bom abdicar da hipótese de jogar na Taça UEFA para lutar para não descer de divisão. Assim também aproveita para orientar uma equipa que tem sempre 12 pessoas no Estádio.

Os aveirenses, por seu turno, tinham perdido Inácio, que preferiu trocar o 14º classificado da Liga pelo 14º classificado do campeonato grego: Ionikos. Opções de vida e, claro, de carteira. Ali é que ele está bem, sobretudo depois de ter conduzido o Beira-Mar à primeira divisão. Talvez devesse levar o Jardel com ele!

Mas não ficamos por aqui. Os bracarenses tiveram de pensar e ponderar bastante as alternativas que existiam no mercado nacional. "À altura" de Carvalhal encontraram Rogério Gonçalves. Justificação: A Naval, anterior clube do treinador, é uma das equipas que tem praticado melhor futebol.

Por aqui se vê que o futebol português está no bom caminho. Os dirigentes dos clubes e os técnicos (dos clubes mais pequenos) querem é ver resultados já amanhã, como se de um Chelsea, Real Madrid ou Milan se tretasse. E que tal fazer as coisas a pensar no futuro? Arrumar a casa agora e tirar proveito depois.

FG

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