terça-feira, 26 de setembro de 2006

Alex Ferguson

Em vésperas de mais um Benfica-Manchester United (o terceiro em menos de um ano), é sempre agradável ouvir o manager do clube inglês, Sir Alex Ferguson.

Amigos, leitores, cibernautas ou apenas pessoas, corrijam-se se estou errado.

Quando ouvimos Ferguson, com atenção, a fazer a antevisão de um jogo da Liga dos Campeões, ele garante sempre que:

1 - Estão sempre em grande forma
2 - Possuem sempre uma equipa jovem
3 - Estão sempre no bom caminho
4 - O resultado nunca é o mais importante (mesmo que a derrota implique o afastamento na competição

É bom ouvir Ferguson a falar!

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Vou tentar não ser duro



Bruno Alves, quase com 25 anos, mau jogador. Há alguns casos deste género no futebol mundial, mas o que se passou aqui é muito grave.

Começa a ser habitual ouvir jogadores desconhecidos a afirmar que se sentem aptos para marcar adversários temíveis. O Bruno Alves, esse defesa que tem um currículo fantástico - só passou pelo F.C. Porto B, Farense, V. Guimarães e AEK Atenas (agora está a ser opção no F.C. Porto) -, julga-se capaz de não dar espaços ao Henry, sem dúvida um dos melhores jogadores do mundo. O françês, a andar, é mais rápido que o Bruno Alves. Não me vou prolongar mais.

Só acrescentar que o Pepe também tem essa mania. Dois jogadores (curiosamente do F.C. Porto) que não tem classe. Pensam que são o Ricardo Carvalho ou o Jorge Andrade, ou o Mozer e o Fernando Couto, por exemplo.

Só uma nota: se o Bruno Alves fizer o jogo da vida dele frente ao Arsenal, a minha opinião mantém-se intacta.

FG

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Já chega de dizer mal!


È verdade, já estou farto de vir aos sites desportivos e ver comentários negativos do Cruyff sobre qualquer coisa. Tudo bem que se há gajo que pode dizer mal de alguma coisa no futebol, é ele, mas também tudo o que é demais chateia, portanto lanço aqui um repto aos media desportivos holandeses, para que da próxima vez que o Sr. Johan Cruyff disser alguma coisa negativa sobre o futebol em geral que por favor ignorem.

Desde já o meu Obrigado.

NM

Palavras para quê

Peço desculpa. Não queria estar "aqui" a escrever isto, mas vai ter de ser. Há poucas palavras para defenir a qualidade do Ronaldinho. Se calhar até nem há, senão reparem se esta análise não é verdadeira: O Ronaldinho nunca joga mal...

Vamos por partes. Frente ao Valência (no passado domingo), por exemplo, ele até nem esteve muito bem. Andou como que desaparecido no encontro. Ninguém sabia dele. O Eto'o andava a acabar com o Miguel - que teve de fazer dois penalties (não assinalados) - e o Deco rematava de todo o lado e quase sempre ao lado... E até nem esteve mal! Depois entrou o Iniesta, na segunda parte, que desequilibrou o jogo. Grande aposta do Rijkaard. O Messi aparecia a espaços (esse sim teve um dia não). Agora pergunto, onde estava o Ronaldinho? Aparecia e mostrava classe. Cruzava de biqueira e o Camp Nou ficava deslumbrado, fazia um passe para o Eto'o (sim, só um passe) e a defesa do Valência não sabia por onde começar a organizar-se... Caramba! Em poucas palavras foi um dos melhores em campo, senão o melhor.

Resumindo e baralhando: ele nunca joga mal. E mesmo quando joga mal é o melhor em campo. Ou o segundo, vá. Só mesmo vendo para acreditar. Basta estar com atenção às suas movimentações.

PS: Isto já aconteceu muitas vezes. O Valência é só um exemplo...

FG

Mais uma vez o Barcelona

Peço antecipadamente desculpas por mencionar, novamente, a instituição Barcelona, mas senti-me na obrigação de vos mostrar mais um dado estatístico de grande relevância.

Em todos os plantéis do campeonato espanhol, temos sempre uma de duas situações (exceptuando o Real Madrid): ou o guarda-redes é argentino ou é formado nas escolas do Barcelona.

Cito apenas alguns exemplos reais, para que possam analisar de forma mais cuidada este fenómeno de grande popularidade em Espanha:

Abbondazieri - Argentino - Getafe
Leo Franco - Argentino - Atlético de Madrid
Franco Costanzo - Argentino - Mallorca
Albano Bizarri - Nastic
Pablo Oscar Cavallero - Levante
Mariano Barbosa - Villarreal

Palop - Escolas do Barcelona - Sevilha
Jose Manuel Pinto - Escolas do Barcelona - Celta de Vigo
Antonio Prats - Escolas do Barcelona - Mallorca
Juan Calatayud - Escolas do Barcelona - Racing
Jorquera - Escolas do Barcelona - Sempre suplente no Barcelona

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O anti-posse de bola


Ludovic Giuly. 30 anos. Francês. É o jogador com menos posse de bola do futebol moderno. Giuly existe no Barcelona. Veste as cores “blaugrana” de quando em vez. Rápido, veloz, ligeiro e célere são quatro adjectivos que caracterizam o jogo do gaulês.

Giuly, para além de figurar na lista dos jogadores que marcam os golos mais feios, tem o poder de nunca ter a bola nos pés. Ludovic apenas corre. Costuma estar sozinho num flanco, preferencialmente no direito. Não tem amigos. Não por ser má pessoa, mas porque não aparece. A mulher de Deco é muito amiga da mulher de Giuly, mas Deco nem sequer sabe que aquela mulher que corta fiambre muito grosso quando vai lá a casa e faz “scones” é mulher do colega Giuly. Giuly não fala, é tímido.

Não existem registos de Giuly ter dado mais do que três toques numa bola:

Um toque, no golo que marcou ao Osasuna. Reparem que a própria bola não tem vontade de entrar.

Um toque, neste golo (dos raros) de belo efeito.

Giuly mandou três bolas ao ferro neste jogo contra o Alavés. Sempre, no máximo, com dois toques.

No duelo catalão. Um toque.

Um momento de excepção. Mas reparem como o golo não é perfeito. Sim. Há um ressalto.

Para finalizar. Um sprint de 35 metros contra o Valência. Três toques.

BM

domingo, 24 de setembro de 2006

Reuniões de Junho em Milão

Finda a época em Itália, os principais clubes da cidade de Milão, Milan e Internazionale começam a preparar os respectivos plantéis.

É então que Adriano Galliani (Milan) e Massimo Moratti (Inter) realizam as suas famosas reuniões de Junho. Nestes plenários, as trocas de futebolistas que jogam nas duas alas da defesa são o negócio mais usual. Ora vejamos:

Gugliempietro - Milan para o Inter
Favali - Inter para o Milan
Pancaro - Milan para o Inter
Simic - Inter para o Milan
Chamot - Milan para o Inter

Só para citar alguns exemplos.

É fantástico como os dois colossos transalpinos trocam laterais em Junho com tanta facilidade.

Desde 1998 que esta situação é uma realidade em Itália.

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Até que enfim

Há muito que esperava por este momento. Desesperava, aliás. O "Umma Folha" foi épico. Chocou muito boa gente e causou todo o tipo de impressões. Agora a conversa é outra... Aqui o que importa é o futebol - e tudo o que o rodeia, que é muito. E uma coisa é certa: matéria-prima para escrever não faltará.

Nós estamos contentes porque vamos poder colocar em cima da mesa as nossas discussões e pensamentos. No fundo, o que fazemos todos os dias (ou quase) quando vamos beber café. O futebol não pára, é de segunda-feira a domingo. Os dados estão lançados.

Não me vou alargar em adjectivos sobre o blogue. É bom e ponto final. O Ângelo e o Martins já fizeram o prefácio, portanto que venha o livro.

Só uma deixa. O Nuno Valente (esse) entra em campo às 16h. O Everton desloca-se a Newcastle e, claro, o "nosso" lateral-esquerdo foi convocado. O futebol tem disto.

A bola rola em todos os campos

FG (Frederico Gonçalves)

Peter Crouch

Portanto, estatisticamente falando, o Peter Crouch deve ser o jogador "mais morto" do mundo pelas pessoas que falam de futebol. Seja porque ele é mau (facto), seja porque há por aí pessoas que insistem em compará-lo com outros jogadores, lembro-me de uma comparação "Deivid (ex - Sporting)-Crouch" em que apenas a pessoa que mencionou o nome deste inglês era adepta do seu estilo de jogo.
Agora é assim, o Peter Crouch podia ser um bom estucador por exemplo as pessoas iam dizer "Ah pus lá em casa um rapazote alto a estucar-me as paredes que trabalha que é um primor", mas como ele é jogador de futebol as pessoas que percebem de futebol dizem "Caralh* o futebol Inglês, é estranho!".

NM

É de saudar!

Pois é meus amigos, é de saudar o aparecimento de um espaço que possibilita aos seus usuários uma liberdade de expressão de sentimentos e raciocínios, que até agora vinham sendo reprimidos ou então discutidos numa mesa de café.

Fico satisfeito por poder agora apresentar análises construtivas ao campeonato Belga onde pontificam vários jogadores portugueses, seguir a carreira do Deivid no campeonato turco ao lado do Kezman no Fenherbace, concluir que no campeonato alemão o Bayern de Munique está sempre em crise mas lidera sempre o campeonato com sete pontos de avanço, em média, mas convém não esquecer o nosso próprio campeonato que também é pródigo em casos passíveis de análise.

Despeço-me com a certeza de que terei uma participação isenta e analítica no dia-a-dia deste espaço.

NM (Nelson Malcata)

Perca peso, pergunte-me como

Ainda bem que o Fred falou do Nuno Valente. Não saberia como dizer-vos isto.

Vou tentar não ser muito duro com o lateral-esquerdo do Everton, mas o Nuno Valente é o jogador que teve mais alterações de peso nos últimos 35 anos de futebol.

O site da Fifa, referente à última competição mundial de futebol, sustenta que Valente tem 78 quilos. Daí a papada.

Lembre-se que Nuno Valente esteve parado a recuperar de uma lesão muscular mais de cinco meses. No entanto, bastaram-lhe quinze dias para se apresentar numa muito agradável forma física. Com cerca de 65 quilos.

Nuno Valente voltou a Inglaterra. Já deve ter tido uma outra lesão muscular. E voltou aos 78.

BM

Vamos lá a isto

Não são só 11 contra 11. O futebol é sempre mais algo. Há mulheres de jogadores envolvidos. Há crianças à espera de alimentação. Há o adepto que paga a quota. Há o árbitro que recebe fundos-maneios. Há a pessoa que paga o lugar cativo no estádio. O futebol é um acto científico. Não é só rematar à baliza. Se fosse só isso, preferia assistir a esse programa que a RTP passou há uns anos, o "Golo, Golo, Golo", em que os guarda-redes davam dinheiro a instituições de solidariedade.

O futebol é mais. É o José Marinho a elogiar a gravata do José Mourinho. É o Rui Orlando a demorar três segundos a ejacular com um remate do Rui Borges. É o Schevchenko a não conseguir marcar golos no Chelsea, sem ser ao Liverpool, mas mesmo assim perder a Community Shield. Ou o Boa Morte a estar lesionado seis semanas.

O futebol são números tornados em paixão. É um remate à baliza que vira um couro cabeludo puxado com força. É um gole numa cerveja a tentar acalmar depois de um remate do Tiago (Lyon) ligeiramente ao lado. Ou um sorriso irónico depois de uma defesa com estilo do Carlos (Steua de Bucareste).

O futebol é matemática, como disse ali em baixo o Ângelo. São pontos. São diferenças de golos. É posse de bola. São cartões amarelos, ou vermelhos (que podem impedir os bons jogadores de participar numa eliminatória da Liga dos Campeões). São pulsações por minuto. São mais bolas que entram numa baliza do que noutra. São dados. São números. Neste espaço encontram-se justificações. Muito ou pouco ridículas. Este blog é, por certo, um ábaco do futebol.

BM (Bruno Martins)

O regresso em futebol matemático

Após quase um ano de interregno, cá estou eu de novo, mas agora num blog onde a análise estatística do futebol nacional e internacional será espremida ao máximo. Um pouco à imagem do que faz o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Decidi manifestar-me de forma um pouco mais matemática e deixar de lado os raciocínios brilhantes de "Umma Folha".

Dessa forma, possuirei neste blog, uma residência diária, onde acreditem, terei sempre algo para dizer.

Até já.

AD (Ângelo Delgado)