terça-feira, 23 de outubro de 2007

A Cova da Iria do futebol

Dia 11 de Setembro de 2007 escreveu-se neste blog um estudo que mostrava, por "a" mais "b", as diferenças entre os departamentos médicos dos três grandes em Portugal.

Hoje, Ricardo Costa, antigo central do F.C.Porto, que hoje já é tido como esteio, patrão, gestor, dono, sindicalista, pai (e todos os substantivos que atribuam importância/liderança) da defesa do Wolfsburgo, veio mostrar que as estatísticas deste blog são fiáveis.

Escreveu-se a 11 de Setembro: "Entre o Estádio do Dragão e o Centro de Estágios de Olival Crestuma os terapeutas recuperam em tempo recorde os atletas. As primeiras indicações são que o atleta vai ficar de fora, por exemplo, um mês. No entanto, uma semana e meia depois, o futebolista já sobe ao relvado para fazer corrida condicionada. Ao fim de duas semanas, já calça chuteiras. Três dias depois integra o treino sem limitações. Se o próximo jogo é na segunda-feira, já está na lista de convocados. E joga os últimos 30 minutos. Outra nota muito importante é que, excluindo o Pedro Emanuel que tem uma lesão desde os três anos, as roturas musculares no F.C. Porto são, no máximo de dois meses."

Ricardo Costa lesionou-se a 13 de Agosto de 2007 contra o Wurzburgo, num jogo a contar para a Taça: ruptura do ligamento cruzado do joelho direito. Tempo previsto de recuperação, seis meses. Os responsáveis do Wolfsburgo, sabendo das capacidades clínicas do departamento médico dos dragões, deram luz verde para o internacional português vir fazer a recuperação ao Porto.

Resultado: Ricardo Costa está já a treinar sem limitações no Wolfsburgo. Três meses antes do previsto. Se ainda fosse jogador do Porto, já estaria apto há um mês. Diz assim o jogador ao MaisFutebol: "Voltei a treinar com o plantel do sábado. Sem receios. Disputei meiinhos, saltei para cabecear a bola, sinto-me bem. Agora só preciso de recuperar o ritmo competitivo para recomeçar a jogar. A 1 de Novembro pretendo estar pronto. Só tenho de agradecer ao Dr. José Carlos Noronha e ao departamento médico do F.C. Porto pelo apoio. Estive sempre a trabalhar em Portugal, informando o clube sobre a evolução do tratamento, e eles ficaram satisfeitos por saber que já há duas semanas que estava a correr e trabalhar com bola."

Não é milagre. É o centro de estágios Olival-Crestuma.

BM

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