Talvez esta tema venha tarde. Talvez, mas como diz o ditado: "Mais vale tarde, que nunca!" E por isso, considero-me no direito de vos chamar a atenção para um fenómeno de grande relevo na "Selecção de Todos Nós". Cá vai.
As concentrações da equipa das quinas acontece, na maioria das ocasiões, à 2ªfeira. Acontece que, nesse dia, realiza-se um jogo da Liga. O que isto quer dizer? Os atletas que participaram nessa partida apenas irão apresentar-se a Carlos Queirós na 3ªfeira. Como jogaram no dia anterior, fazem treino condicionado. Talvez na 5ªfeira treinem de forma livre.
Mas há mais.
Cristiano Ronaldo, venha ou não lesionado do seu clube, faz trabalho de ginásio e corrida de sapatilhas calçadas até 5ªfeira. Na 6ªfeira treina a marcação de livres directos. Sábado joga.
Deco e Bosingwa chegam à selecção logo na 2ªfeira. Excelente!, dirá o leitor. Mas não. Os "ingleses" trazem consigo muita fadiga muscular. As indicações trazidas de Londres, e executadas em Lisboa, são para realizar trabalho de recuperação. Treinam sem limitações na 5ªfeira, a dois dias do jogo e com apenas mais um treino durante a semana.
Reparem que Raul Meireles apresenta sempre um condicionalismo fisíco. "Muita fadiga", diz Henrique Jones, médico da selecção. Na mesma linha do médio portista, surge-nos Tiago, da Juventus. Ou está lesionado, ou está em dúvida ou com grande desgaste fisico. É melhor preservar. Não treina, mas, sábado, talvez seja opção. "Depende da evolução do Raul, reage Queirós.
No meio de tudo isto há Pepe. Como esteve castigado durante muito tempo no seu clube de origem, é o primeiro a chegar às concentrações. Chega a Óbidos ou a Oeiras 2ªfeira de manhã e, por isso, treina sozinho com Queirós e Brassard.
A parte má é que, sendo o único atleta disponível, será ele a falar aos jornalistas. Pepe, nisso, é formidável, já que mistura três sotaques. A ver: português de Portugal, português do Brasil e, ainda, mas não menos importante, o português de Espanha.
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